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Tuesday, February 01, 2005

Aviso aos mais distraídos 

De regresso a estas lides literárias com maior frequência (promessa!), apetece-me alertar para uma banda que tem deambulado pelas vielas escuras do desconhecimento e que neste último mês, tem morado no meu rádio cá de casa, qual paixão arrebatadora primaveril.
Esta deambulação por tais vielas, deve-se simplesmente, ao facto de ainda não terem lançado nenhum registo oficial - apenas uma maquete homónima e um concerto dado em directo na Antena3, que circula por aí no circuito "alternativo". No entanto, convém começar a alertar os mais distraídos para a iminência do lançamento de um disco por parte destes dois senhores.
Tal aviso assume ainda maior evidência, se tivermos em conta o recente sucesso de duas bandas nacionais, que almejaram relativo (e merecido, diga-se) sucesso, no ano transacto, com um registo sensivelmente semelhante ao da banda em causa: falo dos Dead Combo (os portugueses, não os finlandeses, claro - falarei destes outro dia) e do Quinteto Tati.

Chega então de suspense, visto ter chegado a altura de revelar a identidade até então escondida, de tão bem sucedida banda. Rufam os tambores e dois nomes são destapados: Nuno Nico.
Para quem não sabe, este duo é composto por Nuno Prata, ex-baixista dos Ornatos Violeta, e pelo percussionista francês Nicolas Tricot. Costumo volver e revolver as ideias, ao tentar entender porque raio acabaram os Ornatos, uma das maiores bandas portuguesas de sempre, em detrimento de alguns projectos de pouco valor: os Grace são fraquinhos e os Pluto quedam-se pela mediania.
No entanto, tal ideia já foi abandonada, após escutar este projecto, Nuno Nico.

Num registo acústico, este duo luso-francês move-se num universo de bossa nova e jazz, com uma sonoridade de raíz portuguesa, com uma forte influência de Ornatos Violeta - as letras, tocantes e profundas, a que Nuno Prata dá voz (e guitarra e baixo), ilustradas pelo minimalista e verdadeiro homem dos sete instrumentos, Nico Tricot, que deambula por entre a percussão, a flauta, o metalofone e, pasme-se, o kazoo, este magnífico instrumento, injustamente caído no esquecimento geral.
Basicamente, são um conjunto de lindas canções. Apenas isso, apenas canções...

Este aviso aos distraídos transmuta-se agora, num apelo a todos, em geral - é urgente descobrir este projecto! E numa altura em que as atenções parecem começar a virar-se para Setúbal e para um colectivo chamado Mazgani (e ainda bem!), por força da atenção francesa, é conveniente não ignorar o que estes rapazes andam a fazer.

PS- Os Act-Ups foram convidados para o Freakland Festival, um dos maiores festivais de Espanha. E logo como cabeças de cartaz, ao lado dos norte-americanos Soledad Brothers! Depois do apoio incondicional aos Bunnyranch, vamos ver se a imprensa portuguesa abre os olhos a este evento.


[Banda Sonora - Nada É Tão Mau; Maquete; 2004]


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